Fatima Bosch, representante do México, foi coroada Miss Universo na noite de sexta-feira, em um evento realizado na Tailândia. Este concurso foi marcado por uma série de polêmicas que trouxeram atenção extra à competição. Fatima, de 25 anos, já havia enfrentado dificuldades antes do evento, incluindo uma situação embaraçosa durante uma cerimônia pré-concurso, onde foi provocada por um dos organizadores, Nawat Itsaragrasil, que a criticou na frente de outras candidatas. Ele ameaçou desqualificar aquelas que demonstrassem apoio a Fatima, levando-a a deixar o evento em protesto. Essa situação gerou solidariedade entre outras concorrentes.
A tensão continuou após o evento, com a renúncia de dois juízes, um dos quais fez acusações de manipulação nas escolhas das finalistas. A Miss Universo, uma das competições de beleza mais tradicionais do mundo, foi organizada este ano por Nawat, conhecido por seu envolvimento em outro concurso de beleza, o Miss Grand International, que tem grande presença nas redes sociais.
Na noite de sua coroação, Fatima Bosch não só representou o México, mas fez história como a quarta mulher do país a ganhar o título. A competição deste ano teve entre as finalistas a tailandesa Praveenar Singh, que ficou em segundo lugar, e ainda contou com candidatas da Venezuela, Filipinas e Costa do Marfim.
O evento se deu na Tailândia, que já foi anfitriã do Miss Universo outras três vezes. A disputa deste ano refletiu uma tentativa da organização de se modernizar e se adaptar às novas plataformas de mídia, buscando um público mais jovem, especialmente em redes sociais como o TikTok.
Durante os eventos que levaram à final, Fatima Bosch e outros participantes enfrentaram desafios inesperados, como a queda da representante da Jamaica durante uma apresentação, que a levou a ser hospitalizada.
O Miss Universo passou por uma transição de liderança, com a saída abrupta da CEO Anne Jakrajutatip e a nomeação de Mario Bucaro como novo diretor. Anne tentou revitalizar a marca, promovendo uma maior inclusão ao permitir a participação de mulheres trans, casadas e mães, além de eliminar limites de idade. No entanto, sua empresa enfrentou dificuldades financeiras, levando à filing para falência em 2023.
As mudanças na organização do concurso geraram confusão entre os seguidores, que não sabiam ao certo quem decidia sobre a competição. As diferenças culturais e de gestão entre as equipes de liderança tailandesa e mexicana também foram apontadas como um fator que poderia complicar ainda mais a situação.
Enquanto isso, as críticas sobre a objetificação das mulheres nos concursos de beleza persistem. Apesar das polêmicas, ex-Miss Universos continuam a usar suas plataformas para causas sociais, promovendo iniciativas fundamentais em suas comunidades. O futuro do Miss Universo permanece incerto, mas a organização enfatiza que seu foco deve ser o empoderamento das mulheres que competem.