Pela manhã
o sol entra pela janela
bate na minha cama, no meu rosto
com tanta urgência
penetra meus olhos que apertados
tentam a todo custo
desviar a ideia de um novo dia
de mais um - de milhares – dias sem ti.
o sol entra pela janela
meus olhos meio abertos
lutando contra a luz
a luz que bate nas paredes,
nas plantas,
nos livros,
em mim.
a luz que nunca entrou por essa janela
e bateu em ti.
o sol entra pela janela
aos poucos me rendo e,
saindo debaixo das cobertas,
permito seu encontro
até minha pele
minha pele que tão brevemente
passeou pela tua
minha pele