O Ministério da Educação (MEC) anunciou, no dia 26 de novembro, a criação de dez novos campi de universidades federais. Essa medida faz parte da estratégia do governo para expandir a educação superior no Brasil, visando à interiorização do ensino público e gratuito, especialmente em cidades que nunca tiveram unidades da rede federal.
Dentre os dez campi, oito foram financiados pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). O ministro da Educação, Camilo Santana, enfatizou a importância dessa iniciativa para proporcionar mais oportunidades de estudo e desenvolvimento em diferentes regiões do país. Os novos campi vão oferecer cursos através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), com previsão de início em 2026.
Os campi começarão suas atividades em estruturas temporárias, enquanto as obras dos prédios definitivos são concluídas. Ao todo, os dez novos campi oferecerão 28 cursos. As instituições e os municípios contemplados incluem:
– Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) – Campus Rurópolis
– Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Campus Sertânia
– Universidade Federal de Goiás (UFG) – Campus Cidade Ocidental
– Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Campus Lucas do Rio Verde
– Universidade Federal de Sergipe (UFS) – Campus Estância
– Universidade Federal de Itajubá (Unifei) – Campus Pouso Alegre
– Universidade Federal do Amazonas (Ufam) – Campus São Gabriel da Cachoeira
– Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) – Campus Ipatinga
– Universidade Federal do Pará (UFPA) – Campus Capanema
– Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – Campus São José do Rio Preto
Além dos campi mencionados, o Novo PAC também já viabilizou a criação do campus da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) em Baturité, Ceará, que começou a funcionar temporariamente com o curso de medicina. Outros campi estão em processo de credenciamento nas cidades de Jequié, na Bahia, e Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.
O secretário de Educação Superior, Marcus David, afirmou que essa iniciativa é um esforço estratégico para reduzir desigualdades regionais e aumentar as oportunidades de formação superior. Cada novo campus representa desenvolvimento, pesquisa, inclusão e novas perspectivas para jovens brasileiros.
Para implementar esses campi, o governo também está promovendo ações estruturantes, que incluem redistribuição de cargos de professores e técnicos, descentralização de recursos para as estruturas provisórias e aquisição de equipamentos. Essas ações visam garantir que cada nova unidade tenha uma gestão eficiente e coordenadores acadêmicos capacitados.
Com essa iniciativa, o governo dá mais um passo significativo na consolidação das universidades federais, ampliando sua presença por todo o Brasil e reforçando seu papel no desenvolvimento regional e nacional.