A ativista climática Greta Thunberg foi temporariamente proibida de entrar em Veneza, após a coloração das águas do famoso Canal Grande em verde, em um ato de protesto. Thunberg, de 22 anos, participou da ação organizada pelo grupo ambiental Extinction Rebellion no último fim de semana.
Os ativistas jogaram um corante não tóxico, utilizado em estudos ambientais, nas águas do canal, que ficou com uma cor verde brilhante. Além disso, a equipe de protesto estendeu uma faixa do Alto da Ponte Rialto, declarando “parem o ecocídio”, e enviou manifestantes vestidos de véu vermelho para andar entre os turistas.
A ação em Veneza fez parte de uma série de protestos que também ocorreram em outras cidades da Itália, como Milão, Palermo e Bolonha, onde o corante foi jogado em diversas fontes e cursos d’água. O governador da região do Vêneto, Luca Zaia, criticou a demonstração, afirmando que essa atitude “feriu” a cidade histórica e questionou a eficácia de tal vandalismo em proteger o meio ambiente.
Thunberg e outros manifestantes receberam uma multa de 172 dólares e foram banidos de Veneza por 48 horas. Recentemente, a ativista enfrentou outra situação complicada: no mês passado, foi detida em Israel e deportada para a Suécia, ao participar de uma flotilha de ajuda humanitária na tentativa de quebrar o bloqueio marítimo de Gaza.
Nos últimos anos, o vandalismo tem se tornado uma forma cada vez mais comum de protesto climático. No verão de 2022, houve incidentes em que ativistas danificaram obras de arte, como quando sopa de tomate foi jogada sobre a pintura “Girassóis” de Van Gogh em Londres. Outro exemplo foi em 2023, quando ativistas da Declare Emergency lançaram tinta sobre uma escultura de Edgar Degas nos Estados Unidos.
A ação em Veneza levanta questões sobre a eficácia e a ética desses métodos de protesto, uma vez que provocam reações diversas de governantes e da população.