quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

CPI pode investigar reunião de Moraes com Galípolo sobre Banco Master

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[email protected] 1 hora atrás - 2 minutos de leitura

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, confirmou que se reuniu com o presidente do Banco Central para discutir a Lei Magnitsky, que impõe sanções financeiras, mas não mencionou diretamente a compra do Banco Master. A reunião, que ocorreu em Brasília, trouxe à tona novas informações sobre suas consonâncias em relação ao banco, que foi liquidado pelo Banco Central devido a suspeitas de fraude.

Após a revelação de contatos entre Moraes e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, surgiu a informação de que ele fez quatro apelos para interceder na negociação da compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). Informação publicada por uma colunista de um veículo de comunicação revelou que, pelo menos três desses contatos foram feitos por telefone, além de um encontro presencial.

Além disso, a colunista trouxe à tona que o escritório de advocacia de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro, recebeu R$ 129 milhões para defender interesses do Banco Master. Este valor acendeu um sinal de alerta e levou a discussões sobre conflitos de interesses.

O ministro também falou sobre outros encontros com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e outras instituições financeiras, novamente em um esforço para abordar as consequências da Lei. Recentemente, ele e sua mulher foram alvos de sanções que foram posteriormente revogadas pelo governo americano.

Enquanto isso, entre os parlamentares, há movimentações no Congresso para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar Moraes. O senador Alessandro Vieira (MDB) anunciou que pretende coletar assinaturas para este fim após o recesso legislativo. A senadora Damares Alves (Republicanos) também protocolou uma queixa-crime na Procuradoria-Geral da República, sugerindo um possível pedido de impeachment devido a suspeitas de advocacia administrativa em favor do Banco Master.

Os novos desdobramentos sobre o caso do Banco Master e as possíveis imparidades geram ainda mais pressão sobre o ministro e podem afetar a imagem do STF, já que vários setores da sociedade estão atentos às decisões e ações de Moraes em relação à Lei Magnitsky e suas conexões com o setor bancário.

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