Após a polêmica gerada durante a semana, o Estudiantes de La Plata respeitou a decisão de fazer uma homenagem ao Rosario Central, mas o fez de forma a demonstrar descontentamento. O cenário ocorreu após o Central garantir o primeiro lugar na tabela anual, o que lhe rendeu o título.
No início da partida, os jogadores do Estudiantes comunicaram aos atletas do Central sobre sua intenção de fazer o “pasillo”, uma tradição no futebol onde um time homenageia o outro. Ao entrar em campo, os jogadores do Estudiantes se voltaram de costas para o Central, enviando um claro sinal de protesto contra os gestores do futebol argentino.
Os atletas do Estudiantes permaneceram em silêncio e sem aplausos enquanto esperavam os jogadores do Central se posicionarem. Os torcedores do Central, presentes no estádio, reagiram com insultos, demonstrando sua insatisfação com a atitude dos visitantes. Quando a taça de campeão foi apresentada, a torcida começou a cantar um cântico provocativo.
É importante notar que, na reunião da Associação de Futebol Argentino (AFA) que resultou na concessão do título ao Central, houve um membro da diretoria do Estudiantes que não se opôs à decisão. No entanto, o Estudiantes divulgou em suas redes sociais que não houve votação formal sobre o reconhecimento do título.
A situação estava tensa, especialmente depois que Pablo Toviggino, um importante dirigente da AFA, criticou abertamente Juan Sebastián Verón, presidente do Estudiantes, em uma rede social. Essa troca de farpas não é nova, pois já ocorreram desentendimentos anteriores entre os dois. A tensão aumentou quando Verón apresentou um investidor para o clube, em desacordo com a postura de vários dirigentes da AFA.
Esse episódio não apenas evidenciou o descontentamento do Estudiantes com a gestão da AFA, mas também refletiu as divisões e rivalidades que existem no futebol argentino.