segunda-feira, 17 de novembro de 2025

CPMI do INSS ouve gestores de instituições investigadas por fraude

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[email protected] 2 horas atrás - 2 minutos de leitura

A advogada Cecília Rodrigues Mota, ex-presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (Aapen), será ouvida pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS na próxima terça-feira, dia 18, às 10h. Ela também presidiu a Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (AAPB). Ambas as entidades estão sendo investigadas na Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), devido a supostos descontos irregulares aplicados a aposentados e pensionistas.

O senador Izalci Lucas, do PL-DF, que participou da elaboração de um dos pedidos de convocação, destacou que a Aapen e a AAPB estão envolvidas em um pedido de bloqueio de bens no valor de R$ 2,56 bilhões. Este bloqueio foi solicitado pela Advocacia-Geral da União (AGU) com base em graves infrações à Lei Anticorrupção. O senador acredita que ouvir Cecília é crucial para entender como essas entidades teriam operado e qual a estrutura que possibilitou essa suposta exploração de beneficiários que estão em situação vulnerável.

Além disso, o presidente da CPMI, senador Carlos Viana, do Podemos-MG, também levantou suspeitas sobre a existência de “associações de fachada”. Ele acredita que essas associações teriam atuado para facilitar a obtenção de benefícios ou vantagens junto ao INSS de maneira irregular.

Outro convidado da CPMI será João Carlos Camargo Júnior, sócio administrador da Mkt Connection Group. O deputado Paulo Pimenta, do PT-RS, que também requisitou a convocação, mencionou transferências de grandes quantias de uma entidade chamada Amar Brasil para a empresa de Camargo. Esta entidade está sendo investigada pela aplicação de descontos não autorizados em benefícios do INSS. O deputado destacou que a Mkt Connection Group foi criada em 12 de dezembro de 2022, apenas um mês após a assinatura de um acordo de cooperação técnica com o INSS.

Por fim, o deputado Evair Vieira de Melo, do PP-ES, indicou que os documentos analisados sugerem possíveis casos de lavagem de dinheiro, ocultação de bens e o uso de pessoas jurídicas para esconder a verdadeira origem de recursos ilícitos.

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