Em 2025, apesar dos recordes alcançados pela Bolsa brasileira, a renda fixa manteve sua popularidade entre os investidores, proporcionando rentabilidade e segurança. Com a taxa Selic alcançando 15% ao ano, os rendimentos de opções como o Tesouro Direto, ativos bancários e títulos de crédito privado se mostraram bastante atrativos.
Os dados mais recentes indicam que o número de investidores no Tesouro Direto cresceu 20,7% em um ano até outubro. Além disso, o estoque de títulos desse programa teve um avanço de 36,7%, segundo informações do Tesouro Nacional.
Os retornos líquidos de diversos ativos de renda fixa em 2025 foram significativos. Confira alguns dos principais ativos e seus respectivos rendimentos:
- Poupança: 6,92%
- Tesouro IPCA+ (IMA-B): 10,66%
- LCI (Letra de Crédito Imobiliário) a 85% do CDI: 11,48%
- Tesouro Prefixado 2032: 12,71%
- Tesouro Selic 2026: 13,44%
- Debêntures: 14,68%
- CDB (Certificado de Depósito Bancário) a 110% do CDI: 15%
- CDI (Certificado de Depósito Interbancário): 13,51%
É importante destacar que os retornos apresentados consideram a marcação a mercado, ou seja, refletem o valor que poderia ser obtido em caso de venda antecipada dos ativos.
No segmento de títulos públicos, o ano foi caracterizado por uma significativa volatilidade na curva de juros. Entretanto, foi possível garantir rentabilidades que chegaram a 15,26% ao ano com títulos prefixados de 10 anos. Em média, esses papéis renderam 14,14% ao ano. Para os títulos atrelados à inflação, as taxas médias variaram entre 7,03% e 7,71% acima do IPCA.
Veja as taxas médias dos principais títulos disponíveis no Tesouro Direto em 2025:
- Tesouro Prefixado 2028: 13,60%
- Tesouro Prefixado 2032: 13,97%
- Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2035: 14,14%
- Tesouro IPCA+ 2029: 7,71%
- Tesouro IPCA+ 2040: 7,17%
- Tesouro IPCA+ 2050: 7,03%
No setor bancário, os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) também se destacaram, apresentando rendimentos que atingiram até 16,20% ao ano. Contudo, a média dos papéis de maior prazo foi menor, com um retorno de 14,19% ao ano. Os CDBs pós-fixados, que são mais comuns no mercado, ofereceram taxas próximas ao CDI, que é a principal referência de renda fixa.
Nas emissões com prazo de 12 meses, a taxa média dos CDBs ficou em 100,25% do CDI. A tabela a seguir apresenta detalhes sobre as taxas desses ativos:
- Prazo de 3 meses: Taxa média de 99,88% do CDI
- Prazo de 6 meses: Taxa média de 100,04% do CDI
- Prazo de 12 meses: Taxa média de 100,25% do CDI
- Prazo de 24 meses: Taxa média de 100,11% do CDI
- Prazo de 36 meses: Taxa média de 102,14% do CDI
Por outro lado, as debêntures, que compõem o crédito privado, tiveram uma leve recuperação no final do ano. Especialistas recomendaram as debêntures incentivadas, que são isentas de Imposto de Renda e apresentaram uma rentabilidade média de 16,10%. Confira os retornos das debêntures em 2025:
- Debêntures Gerais: 15,29%
- Atreladas ao DI: 15,30%
- Atreladas ao IPCA com IR: 15,65%
- Atreladas ao IPCA: 16,09%
- Atreladas ao IPCA sem IR: 16,10%
Esses dados refletem um período em que a renda fixa se mantém como uma alternativa segura e rentável para os investidores brasileiros, mesmo em meio às oscilações do mercado financeiro.