Peter Criss, conhecido como o “Catman”, faz parte da história do rock, especialmente como o baterista da icônica banda Kiss. Ao longo de sua carreira, ele passou por diversas situações desafiadoras, incluindo problemas com substâncias, um impostor na década de 1990 e uma luta vitoriosa contra o câncer de mama, nos anos 2000. Apesar de ter deixado a banda em 2004, Criss foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame em 2014, um reconhecimento significativo em seus mais de 50 anos de carreira.
Recentemente, Criss lançou seu sexto álbum solo, intitulado “Peter Criss”, em 19 de dezembro, dia anterior ao seu aniversário de 80 anos. Este é o primeiro álbum em 18 anos e apresenta a colaboração de músicos renomados, como os guitarristas John 5 e Mike McLaughlin, o baixista Billy Sheehan e Paul Shaffer nos teclados. O álbum possui 11 faixas e a arte do disco foi criada por Piggy D, conhecido por sua associação com Marilyn Manson e Rob Zombie. Esse lançamento ocorre após o reconhecimento da banda no Kennedy Center Honors, evento que ocorreu em 7 de dezembro e que será exibido pela CBS.
Em uma conversa, Criss compartilhou suas impressões sobre a cerimônia do Kennedy Center. Ele, um nativo de Brooklyn, expressou sua surpresa ao estar na Casa Branca, um local de grande importância histórica, onde presidentes como Roosevelt e Lincoln tiveram seu trabalho. Criss afirmou sentir-se honrado e emocionado por estar ali.
Ele também falou sobre sua trajetória. Desde jovem, ele tinha um sonho de ser músico. Ao longo da vida, participou ativamente da indústria musical e não esperava receber prêmios tão altos, como o Hall da Fama do Rock. A entrega do prêmio no Kennedy Center foi considerada por ele como uma benção especial.
Sobre a controvérsia envolvendo o Kennedy Center, Criss afirmou que não discutiu política durante o evento e preferiu deixar esses assuntos de lado, seguindo os conselhos do pai em evitar discussões sobre religião e política. Ele enfatizou seu orgulho de ser americano e destacou a importância de um reconhecimento tão significativo para uma banda de suas origens.
Recentemente, ele lamentou a perda de seu companheiro de banda, Ace Frehley, que faleceu em outubro. Criss recordou momentos especiais e a amizade que tinham, revelando que ainda está em luto pela perda.
O novo álbum, uma obra que Criss começou a gravar em 2008, foi revivido durante a pandemia. Durante esse período, ele e seu colaborador Michael McLaughlin ouviram o material e decidiram que ainda havia uma boa música a ser explorada. Com o apoio de John 5, Criss regravou tudo, investindo tempo e esforço para criar algo novo e satisfatório. Ele expressou que o processo de gravação foi gratificante e o fez sentir-se revitalizado, comparando a experiência a seu tempo com a banda Kiss.
O álbum é uma mistura de estilos, refletindo influências políticas e do rock clássico, e Criss espera que seus fãs gostem do resultado. Embora tenha manifestado interesse em fazer shows ao vivo caso o álbum receba uma boa aceitação, ele também reconheceu que sua mobilidade é mais limitada agora. Criss ainda toca bateria com frequência e se mantém em boa forma, apesar das dificuldades naturais da idade.
Sobre o futuro da banda Kiss e a aposentadoria de Gene Simmons e Paul Stanley, Criss se mostrou colaborador, afirmando que a vida é cheia de surpresas e que permanece focado em sua música e sua gratidão por cada dia.