A Justiça do Rio de Janeiro tomou uma decisão na última sexta-feira que antecipa parte dos efeitos da falência da empresa Serede. A juíza Simone Gastesi Chevrand, responsável pela 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital, reconheceu que a empresa não tem condições financeiras de continuar operando após passar por um processo de recuperação judicial.
Esse pedido para mudar o status da Serede de recuperação judicial para falência foi feito por Tatiana Binato, que é a gestora e administradora judicial da empresa. Ela destacou que a situação financeira da Serede tem se deteriorado continuamente, levando a um aumento da pressão por liquidez, ou seja, a necessidade urgente de dinheiro para pagar dívidas. Atualmente, a empresa tem um passivo, que representa as dívidas a serem pagas, de aproximadamente R$ 800 milhões.
A Serede conta com 4.759 funcionários, dos quais 1.741 estão ociosos e aguardam demissões. Diante desse cenário, a Justiça decidiu suspender por 60 dias as obrigações financeiras da empresa que não fazem parte do concurso de credores. Também foi determinada a rescisão automática dos contratos em vigor e o início imediato da venda dos bens da companhia. Além disso, a Justiça permitiu que a Serede negocie a rescisão de contratos de trabalho com os sindicatos e manteve Tatiana Binato como a administradora judicial.
Por outro lado, a situação da Tahto, uma subsidiária da Oi dedicada a serviços de call center, permanece inalterada, e a recuperação judicial da empresa continua vigente.